Os Recursos Educacionais Abertos, de acordo com OECD (2007), são
“digitised materials offered freely and openly for educators, students and self-learners to use and reuse for teaching, learning and research” (OECD, 2007).
Os REA ou OER (Open Educational Resources), compreendem três àreas: Recursos de aprendizagem; ferramentas e recursos de implementação.
Um elemento chave dos REA são os direitos de autor que têm como
principal finalidade a divulgação de forma livre e aberta a toda a
comunidade, o ensino, a aprendizagem e pesquisa, seguindo regras de respeito pelos autores dos projetos.
Os
REA, são compostos por conteúdos digitais de aprendizagem, assim como
de ferramentas que servem para ajudar no desenvolvimento e utilização
destes conteúdos de uma forma livre e aberta.
Para ser um Recurso Educacional Aberto tem de possuir três elementos livres e abertos:
- O conteúdo;
- A plataforma;
- Licença
Muitos dos documentos a que
tentamos aceder estão "bloqueados", temos de pagar uma certa quantia
para fazer download ou mesmo simplesmente ler. Os Recursos Educacionais
Abertos, permitem o acesso livre a materiais educativos, sendo uma forma
de disseminar o conhecimento e aumentar a qualidade dos materiais
produzidos, na medida em que permite que qualquer tipo de autor de
conteúdo veja o seu trabalho divulgado, utilizado e reconhecido por
outros.
As licenças Creative Commons vieram permitir que os recursos educacionais sejam acedidos e reutilizados, sempre que seja necessário.
A visão que David Wiley
nos proporciona em relação aos REA, mostra-nos algumas potencialidades,
mas igualmente alguns contrangimentos na partilha de informação.
Um
dos termos mais importantes referido por David Wiley é o termo
"Openness", que se divide em quatro grandes àreas: Reuse, Redistribute,
Revise e Remix.
Os REA, são muito importantes para quem está inserido no meio educativo. Embora
não seja o meu caso (não sou docente), compreendo, após analisar com
atenção o discurso presente neste Vídeo, que a prática do ensino através
dos Recursos Educacionais Abertos é um método cheio de potencial, uma
vez que defende o conceito Share, ou seja partilha, que contraria o
egoísmo na prática do ensino. A abertura dos recursos educativos é a
única forma de educar, se não houver partilha do conhecimento é
impossível haver educação.
É
defendido que os professores que mais partilham a informação e o
conhecimento são os que conseguem um sucesso maior na sua profissão.
Contrariamente a este tipo de conceito ainda há quem resista a libertar
os conhecimentos que possuem, tal como David Wiley menciona, fazendo
como que uma analogia entre as abelhas e estas pessoas: " a abelha só
pica uma vez e morre", isto é, preferem guardar o conhecimento para
eles, não o partilhando.
Será que esta abertura e partilha de informação e conhecimentos é sempre respeitada por quem a utiliza e/ou reutiliza?
Para
manter e respeitar a autoria dos recursos educacionais abertos, devemos
fazer sempre menção, seja por citação, bibliografias ou através dos
licenciamentos necessários aos autores que elaboraram os recursos, caso
contrário a partilha não será justa para quem trabalha e de dedica a
elaborá-los. Julgo que será este o caminho para um desenvolvimento justo
e equilibrado do conhecimento, seja em que área for, pois quantos mais
formos a participar neste novo mundo da internet maiores serão os
resultados.
A
internet proporciona-nos um novo mundo de oportunidades de adquirirmos
conhecimento, juntando a este factor, os conceitos de openness e share, é
um novo mundo que se abre, pois quanto maior for a abertura dos
educadores, melhor será a educação.
Openness
Segundo Tuomi (2006), openness is:
about the right and ability to modify, repackage and add value to the resource. However, most existing initiatives offer the most basic level of openness - “open” means “without cost” but it does not mean “without conditions”.
O conceito de recurso aberto está em constante atualização e pode ser dividido segundo o contexto em que se insere, seja como software, conteúdo de acesso livre, assim como publicações.
As iniciativas de recursos abertos (http://www.opensource.org/), conteúdo livre (http://www.opencontent.org), acesso livre (http://www.pubmedcentral.nih.gov/about/openaccess.html) e Creative Commons (http://creativecommons.org/), vieram permitir um salto qualitativo no que respeita ao conceito de Recursos Educativos Abertos, seja na criação, adaptação, licenciamento ou partilha dos mesmos, pois trouxe linhas de orientação para quem trabalha com os conteúdos ou ferramentas dos mesmos.
REA no ensino-aprendizagem: Prós e Contras
Tomando como linha de orientação o verdadeiro significado dos REA, são muitos os motivos que reforçam as potencialidades que estes podem trazer ao ensino aprendizagem, seja presencial ou por e-learning, pois conseguem atrair muitos estudantes novos; promovem o aumento da disponibilização do acesso livre à educação por parte das instituições, assim como leva a que novos estudantes se interessem por estudar e aumenta o sucesso das iniciativas de conteúdo aberto como os repositórios; O licenciamento do conteúdo livre tornarse-á mais simples ao utilizarmos os direitos de autor e por último, serão disponibilizados conteúdos de software.
Noutro sentido temos alguns aspetos que podem influenciar negativamente a utilização dos REA no ensino-aprendizagem, por exemplo a dificuldade em encontrar um ponto de equílibrio entre os REA e a parte comercial, os direitos de autor ou a falta de uma comunicação eficiente entre os educadores e quem desenvolve as ferramentas e conteúdos dos REA.
No ensino superior encontramos três tipos de REA:
Concluindo
Tendo em conta as potencialidades e os desafios que os REA nos apresentam, julgo que o caminho a seguir em termos de ensino aprendizagem é a utilização das ferramentas e conteúdos que compõem os REA de forma a potencializar as capacidades e os conhecimentos tanto dos educadores como dos alunos, tendo sempre como orientação as bases dos REA e mantendo um equilibrio na sua utilização, escolhendo e integrando-os de maneira adequada nos currículos educacionais.
Espero no futuro, ter oportunidade de confirmar as minhas expectativas em relação a este tema e outros relacionados.
Referências
Openness
Segundo Tuomi (2006), openness is:
about the right and ability to modify, repackage and add value to the resource. However, most existing initiatives offer the most basic level of openness - “open” means “without cost” but it does not mean “without conditions”.
O conceito de recurso aberto está em constante atualização e pode ser dividido segundo o contexto em que se insere, seja como software, conteúdo de acesso livre, assim como publicações.
As iniciativas de recursos abertos (http://www.opensource.org/), conteúdo livre (http://www.opencontent.org), acesso livre (http://www.pubmedcentral.nih.gov/about/openaccess.html) e Creative Commons (http://creativecommons.org/), vieram permitir um salto qualitativo no que respeita ao conceito de Recursos Educativos Abertos, seja na criação, adaptação, licenciamento ou partilha dos mesmos, pois trouxe linhas de orientação para quem trabalha com os conteúdos ou ferramentas dos mesmos.
REA no ensino-aprendizagem: Prós e Contras
Tomando como linha de orientação o verdadeiro significado dos REA, são muitos os motivos que reforçam as potencialidades que estes podem trazer ao ensino aprendizagem, seja presencial ou por e-learning, pois conseguem atrair muitos estudantes novos; promovem o aumento da disponibilização do acesso livre à educação por parte das instituições, assim como leva a que novos estudantes se interessem por estudar e aumenta o sucesso das iniciativas de conteúdo aberto como os repositórios; O licenciamento do conteúdo livre tornarse-á mais simples ao utilizarmos os direitos de autor e por último, serão disponibilizados conteúdos de software.
Noutro sentido temos alguns aspetos que podem influenciar negativamente a utilização dos REA no ensino-aprendizagem, por exemplo a dificuldade em encontrar um ponto de equílibrio entre os REA e a parte comercial, os direitos de autor ou a falta de uma comunicação eficiente entre os educadores e quem desenvolve as ferramentas e conteúdos dos REA.
No ensino superior encontramos três tipos de REA:
- Modelo do MIT;
- Modelo USU;
- Modelo RICE
Estes três modelos mostram-nos a diversidade de iniciativas de REA no ensino superior, levando-nos aos motivos pelos quais devemos produzir e partilhar REA, sendo o altruismo de partilhar, ganhos como a publicidade, a reputação numa comunidade aberta em vez de ganhos monetários.
Concluindo
Tendo em conta as potencialidades e os desafios que os REA nos apresentam, julgo que o caminho a seguir em termos de ensino aprendizagem é a utilização das ferramentas e conteúdos que compõem os REA de forma a potencializar as capacidades e os conhecimentos tanto dos educadores como dos alunos, tendo sempre como orientação as bases dos REA e mantendo um equilibrio na sua utilização, escolhendo e integrando-os de maneira adequada nos currículos educacionais.
Espero no futuro, ter oportunidade de confirmar as minhas expectativas em relação a este tema e outros relacionados.
Referências
http://www.oecd.org/dataoecd/1/53/38484866.pdf
http://creativecommons.pt/
http://creativecommons.org/
http://www.opensource.org/
http://www.opencontent.org
http://www.pubmedcentral.nih.gov/about/openaccess.html
urell, Seth (autor) & Wiley, David (editor) (2008). OER Handbook for Educators 1.0. [http://wikieducator.org/OER_Handbook/educator_version_one]http://creativecommons.pt/
http://creativecommons.org/
http://www.opensource.org/
http://www.opencontent.org
http://www.pubmedcentral.nih.gov/about/openaccess.html
Downes, Stephen (10-2010). Agents Provocateurs. Stephen's Web.
[http://www.downes.ca/post/54026]
Weller, Martin (2010). Big and Little OER. In Open Ed 2010 Proceedings. Barcelona: UOC, OU, BYU. [http://hdl.handle.net/10609/4851]
Wiley, David (27-09-2011). On OER – Beyond Definitions. Iterating toward openness. [http://opencontent.org/blog/archives/2015].
Yuan, Li; Macneill, Sheila; & Kraan, Wilbert (2008). Open Educational Resources – Opportunities and Challenges for Higher Education.
[http://wiki.cetis.ac.uk/images/0/0b/OER_Briefing_Paper.pdf]